Resultado do monitoramento da qualidade da água superficial no RS
Magali Schmitt
O Departamento de Qualidade Ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) realizou a análise dos dados de 157 estações de monitoramento das águas superficiais de rios, lagos e lagoas nas três regiões hidrográficas do estado: Guaíba, Litoral e Uruguai.
Foram analisadas no laboratório da Fepam mais de mil amostras de água coletadas nas estações de monitoramento a cada três meses, entre abril de 2016 e maio de 2018.
Os resultados do monitoramento permitem afirmar que a qualidade da água superficial na maioria dos rios monitorados no Rio Grande do Sul se mantém adequada para o abastecimento humano, para a preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas e para a irrigação de hortaliças e frutíferas. A exceção são alguns trechos restritos aos grandes núcleos urbanos, que apresentam qualidade inferior das águas, principalmente devido ao lançamento de esgotos domésticos não tratados.
Também foi verificada pior qualidade da água em áreas agrícolas submetidas à erosão nos períodos de precipitação elevada. Neste caso está especialmente o rio Gravataí. A Fepam, em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), constatou a necessidade de execução de medidas, com foco no saneamento: ampliação da rede de coleta de esgoto doméstico nos municípios e a adoção de melhores práticas agrícolas que reduzam a erosão do solo. Ações estas que devem ser trabalhadas no Plano Estadual de Saneamento, que está em desenvolvimento.
A diretora presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann destaca que os resultados reforçam o que já é observado nos núcleos urbanos, ou seja, as consequências da falta de saneamento básico. Marjorie acrescenta que participou na terça-feira (19) de reunião da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), ocasião em que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apresentou como meta prioritária a busca de soluções para a falta de saneamento básico nos municípios brasileiros. "Fepam também entende que o saneamento é primordial para a conservação ambiental. Através do licenciamento e da fiscalização é possível assegurar as condições para instalação e o bom funcionamento dos sistemas com este fim", complementa.
O trabalho realizado pela Fepam atende a um contrato firmado entre o órgão ambiental e a Agência Nacional de Águas (ANA), no âmbito do programa Qualiágua, que prevê a implementação da rede nacional de qualidade da água nos estados.
Clique aqui e acesse o Relatório da Qualidade da Água Superficial do Rio Grande do Sul na íntegra.
FONTE: http://www.fepam.rs.gov.br/noticias/noticia_detalhe_net.asp?id=14997