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30/10/2014

Projeto Dourado na Mostratec

Duas escolas-polo do Projeto Dourado estão participando da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), que vai até esta sexta-feira (dia 31), nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo. As escolas municipais 25 de Julho, de Campo Bom, e Helena Canho Sampaio, de Novo Hamburgo, estão com estandes na chamada Mostratec Júnior, a ala da feira onde estão os trabalhos de alunos do Ensino Fundamental.

CAMPO BOM
A turma campo-bonense está apresentando o trabalho Águas da Minha Cidade, que envolveu 40 escolas do município a partir de uma ação realizada pelos alunos do 6º ano da 25 de Julho, dentro do programa Eco Web e a partir do projeto Conhecendo e Divulgando as Águas do Meu Município, desenvolvido pelo Comitesinos. Segundo a coordenadora do Dourado no município, Margarida Telles da Cruz, a iniciativa partiu do mapa das águas de Campo Bom, elaborado dentro do Conhecendo.
Os estudantes foram a campo para identificar os impactos ambientais e fizeram a colagem no mapa dos ícones relativo a cada impacto. O exercício foi repassado aos professores das outras escolas, para que o grupo também fosse a campo com seus alunos. No trabalho apresentado na Mostratec, os estudantes Milena Streit, Maria Borghetti e Maisa Gomes mostraram ao público as impressões coletadas pelos alunos, onde foram frequentes impactos como ausência de mata ciliar, lixo colocado junto no banhado e junto às águas, falta de tratamento de esgoto, entre outros.
E mais uma vez se reforçou a importância dos estudantes irem a campo para identificarem por eles mesmos os problemas ambientais e suas soluções. Isso para aprender a discutir e compartilhar e envolver a comunidade nas ações.
Aliás, com um detalhe importante: a aluna Milena também estava apresentando tudo isso também em inglês, colocando o trabalho no páreo por uma vaga na Broadcom Master Internacional – uma feira que ocorre na cidade de Pittsburg, no Kansas, Estados Unidos.

NOVO HAMBURGO
Já a turma hamburguense, Alice da Silva Kremes, Vítor Emanuel dos Santos e Angélica Ludmila Schorn, apresentaram um estudo que foi a fundo nas condições dos peixes pescados no Rio dos Sinos. O caminho da turma, capitaneada pela professora Márcia Rita Rocha de Souza (coordenadora local do Dourado), passou também pelo mapa do Conhecendo e Divulgando as Águas do Meu Município e pelos estudos dos impactos ambientais sobre o rio.
Com idades entre nove e 10 anos, o grupo resgatou a história da grande mortandade de peixes ocorrida no Rio dos Sinos em outubro de 2006. Quando mais de 80 toneladas de peixes morreram devido à poluição. Um fato que que ocorreu enquanto eles ainda eram bebês, mas cuja repercussão acompanhou suas vidas desde antão.
A gurizada foi a campo não só para avliar os impactos e as condições do rio, mas também conversaram com personagens como um catador de materiais recicláveis e, principalmente, pessoas que pescam e consomem carne de peixes do Sinos. E aí estava a grande questão: Afinal, os peixes são ou não contaminados por metais pesados (o que os torna impróprios para consumo)?
A ideia era enviar uma amostra de peixe para análise, mas o laboratório acabou avaliando apenas a contaminação por agentes biológicos, como salmonela ou estafilococos (bactérias presentes quando não há manuseio adequado dos alimentos). Segundo a professora Márcia, os estudantes se valeram da bibliografia existente na própria Secretaria Municipal do Meio Ambiente, onde estudos comprovam o risco da presença de metais pesados nos peixes capturados no Rio dos Sinos.
No entanto, a turma não desistiu: pretende repetir a análise com novos peixes, desta vez insistindo na importância da avaliação sobre metais pesados.

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