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29/05/2014

Em busca da identidade arbórea de Portão

“A missão é avaliar árvores a partir dos 10 centímetros, traçando coordenadas e coletando amostras. Vocês vão identificar as espécies e depois pesquisar sobre a importância ambiental e histórica delas. Vamos verificar a abundância e estabelecer seu significado para o município.” As instruções do professor de Botânica Tiago de Marchi foram para um grupo de alunos de Biologia da Unisinos, na entrada de uma mata nativa no interior de Portão. A preleção marcou, na manhã de terça (dia 21), a largada para o trabalho que deve resultar no levantamento arbóreo do município. A iniciativa é um dos seis trabalhos que integram o exercício prático da Oficina de Projetos, realizada pelo Programa Permanente de Educação Ambiental (PPEA) do Comitesinos, que conta com patrocínio da Petrobras.

Segundo a professora Marisa Braga, que é a representante portonense na Oficina, a ideia é inicialmente apontar a árvore símbolo do município. “Mas também vamos garantir subsídios para identificação de áreas de preservação permanente (APPs) e para elaboração de outras iniciativas de sustentabilidade no município”, ressalta a coordenadora local do projeto Dourado. Ou seja, trata-se de uma ação que deve ter desdobramentos por um longo tempo. Além da Unisinos e da prefeitura, a empreitada conta com apoio do escritório local da Emater, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e dos proprietários das áreas onde estão sendo feitos os levantamentos.

ABRANGÊNCIA

A primeira saída a campo foi junto a uma formação rochosa conhecida como Buraco do Cocó, na localidade de Macaco Branco. “A intenção é realizar saídas em diversos pontos do município, contemplando desde a vegetação de morro como a de campo, a ribeirinha e mesmo a de banhado”, explica Marisa.

Além de Portão, também participam da etapa prática iniciativas de Santo Antônio da Patrulha (criação de um Centro Ambiental), de Sapucaia do Sul (revitalizar um trecho de margem do Arroio José Joaquim), Sapiranga (criar uma estrutura para o reaproveitamento dos resíduos de podas urbanas), Igrejinha (reforçar o conhecimento dos professores locais sobre a realidade ambiental do município) e de Taquara (formação de agentes para o controle dos poços e nascentes).

OFICINA

A Oficina Projetos do PPEA vem ocorrendo desde o ano passado, ensinando aos professores como elaborar projetos para captar recursos junto a entidades públicas e privadas, através de editais ou programas de responsabilidade ambiental. Depois das etapas em sala de aula, quando aprenderam a identificar ações que aliassem educação ambiental a recuperação ou preservação junto a suas comunidades, agora a turma está colocando em prática seus projetos.

Isso contando com um recurso de R$ 10.833,33, repassado pelo PPEA (dentro do patrocínio da Petrobras) para cada iniciativa. Dinheiro que está sendo reforçado com outras parcerias buscadas pelos professores em suas comunidades – o que, aliás, também faz parte do aprendizado. As atividades da Oficina estão a cargo do professor Paulo Fernando Saul, com auxílio da secretária administrativa do Comitesinos, Débora Cristina da Silva.

Até novembro, os participantes devem fazer o fechamento das atividades propostas em seus orçamentos. “Aí vamos entrar no módulo de prestação de contas, onde cada um vai fechar seu relatório final”, conta o professor Paulo Saul, que está fazendo visitas in loco a cada projeto.

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