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09/12/2013

Como flui o Rio dos Sinos

Um raio X do interior do Rio dos Sinos e do perfil de suas margens, para cada um dos 24 pontos do trecho de cerca de 120 quilômetros entre Taquara e Canoas. Resumidamente, foi esse o trabalho do chamado levantamento topobatimétrico, que faz parte do processo de elaboração do Plano de Bacia da região e teve suas saídas de campo concluídas na última semana. O trabalho abrange o trecho da foz do Rio Paranhana até a chegada do Sinos ao Rio Jacuí e está agora na etapa de processamento das informações em modelos matemáticos.

O resultado deve ser um modelo hidrodinâmico, mostrando como ocorre o escoamento de água pela calha do rio e quanto tempo leva para o nível se normalizar após a suspensão dos bombeamentos nas lavouras irrigadas na parte alta da Bacia. O estudo vai avaliar ainda as variações da transposição das águas da Bacia do Caí para o Rio Paranhana – e como elas influenciam no comportamento do Sinos junto às captações de água para abastecimento de Novo Hamburgo e São Leopoldo.

“As informações vão servir de base ao Comitesinos para os próximos passos no Enquadramento das Águas e no Plano de Ações, que são etapas do processo de elaboração do Plano de Bacia da região.” A explicação é do presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, Arno Kayser. Segundo ele, trata-se de um “checkup” do rio, que deverá considerar outros dados como modelos meteorológicos e as informações de retirada de água para abastecimento humano, agricultura e indústria ao longo da Bacia.

MODELOS MATEMÁTICOS

“Os dados das seções vão agora para um modelo matemático que vai considerar também os relatórios dos níveis do Sinos em momento de estiagens”, explica o gestor ambiental Vinicius Dulac, da empresa Profill Engenharia e Meio Ambiente Ltda (que faz a consultoria técnica para o Plano de Bacia). “Isso será relacionado tanto com a entrada de água a partir da Bacia do Caí (Sistema Salto) como com o chamado efeito de remanso do Delta do Jacuí (quando o vento de sul a norte na lagoa dos Patos e no Guaíba reduziria a vazão no Delta, influenciando também na saída do Sinos para o Jacuí)”, completa.

Já o geógrafo Agustin Miguel Sanchez y Vacas, que realizou os levantamentos em campo, o Rio dos Sinos apresentou diversos pontos de corredeiras e também profundidades que chegaram aos 11 metros. “As corredeiras são o controle natural do rio, mantendo e oxigenando a água”, conta Sanchez. Já as maiores profundidades, segundo ele, ocorrem no trecho abaixo de São Leopoldo. “Não há assoreamento entre São Leopoldo e a foz, devido principalmente à retirada de areia pelas mineradoras”, assinala.

PLANO DE BACIA

O modelo hidrodinâmico é importante para o Enquadramento das Águas, que por sua vez é uma etapa crucial para o Plano de Bacia da região. O Enquadramento é a definição dos objetivos futuros para a qualidade das águas na Bacia. E vai servir de guia para o planejamento de ações de preservação e recuperação ambiental em toda a região, nas próximas décadas.

O Plano de Bacia, que deve ser concluído em 2014 e é uma espécie de pacto, que considera quais as condições e a quantidade dos recursos hídricos em cada trecho da região e o que precisa ser feito, do curto ao longo prazos, para que haja água para todos em quantidade e qualidade satisfatórias. O Plano de Bacia estipula, por exemplo, onde a comunidade da bacia hidrográfica pretende manter ou recuperar a qualidade para explorar turisticamente os balneários, onde vai ser garantido o uso pela agricultura e em que pontos será possível a instalação de que tipos de indústrias. O Plano pode prever também ações para prevenir ou minimizar estiagens e enchentes.

O Plano é previsto na Lei Estadual nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994 – conhecida como a Lei Gaúcha das Águas. Os trabalhos na região estão a cargo da empresa Profill Engenharia e Meio Ambiente Ltda, com recursos do governo do Estado e coordenação do Comitesinos.

Fotos: Castor Becker Júnior/C5 News-Press

Um raio X do interior do Rio dos Sinos e do perfil de suas margens, para cada um dos 24 pontos do trecho de cerca de 120 quilômetros entre Taquara e Canoas. Resumidamente, foi esse o trabalho do chamado levantamento topobatimétrico, que faz parte do processo de elaboração do Plano de Bacia da região e teve suas saídas de campo concluídas na última semana. O trabalho abrange o trecho da foz do Rio Paranhana até a chegada do Sinos ao Rio Jacuí e está agora na etapa de processamento das informações em modelos matemáticos.

O resultado deve ser um modelo hidrodinâmico, mostrando como ocorre o escoamento de água pela calha do rio e quanto tempo leva para o nível se normalizar após a suspensão dos bombeamentos nas lavouras irrigadas na parte alta da Bacia. O estudo vai avaliar ainda as variações da transposição das águas da Bacia do Caí para o Rio Paranhana – e como elas influenciam no comportamento do Sinos junto às captações de água para abastecimento de Novo Hamburgo e São Leopoldo.

“As informações vão servir de base ao Comitesinos para os próximos passos no Enquadramento das Águas e no Plano de Ações, que são etapas do processo de elaboração do Plano de Bacia da região.” A explicação é do presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, Arno Kayser. Segundo ele, trata-se de um “checkup” do rio, que deverá considerar outros dados como modelos meteorológicos e as informações de retirada de água para abastecimento humano, agricultura e indústria ao longo da Bacia.

MODELOS MATEMÁTICOS

“Os dados das seções vão agora para um modelo matemático que vai considerar também os relatórios dos níveis do Sinos em momento de estiagens”, explica o gestor ambiental Vinicius Dulac, da empresa Profill Engenharia e Meio Ambiente Ltda (que faz a consultoria técnica para o Plano de Bacia). “Isso será relacionado tanto com a entrada de água a partir da Bacia do Caí (Sistema Salto) como com o chamado efeito de remanso do Delta do Jacuí (quando o vento de sul a norte na lagoa dos Patos e no Guaíba reduziria a vazão no Delta, influenciando também na saída do Sinos para o Jacuí)”, completa.

Já o geógrafo Agustin Miguel Sanchez y Vacas, que realizou os levantamentos em campo, o Rio dos Sinos apresentou diversos pontos de corredeiras e também profundidades que chegaram aos 11 metros. “As corredeiras são o controle natural do rio, mantendo e oxigenando a água”, conta Sanchez. Já as maiores profundidades, segundo ele, ocorrem no trecho abaixo de São Leopoldo. “Não há assoreamento entre São Leopoldo e a foz, devido principalmente à retirada de areia pelas mineradoras”, assinala.

PLANO DE BACIA

O modelo hidrodinâmico é importante para o Enquadramento das Águas, que por sua vez é uma etapa crucial para o Plano de Bacia da região. O Enquadramento é a definição dos objetivos futuros para a qualidade das águas na Bacia. E vai servir de guia para o planejamento de ações de preservação e recuperação ambiental em toda a região, nas próximas décadas.

O Plano de Bacia, que deve ser concluído em 2014 e é uma espécie de pacto, que considera quais as condições e a quantidade dos recursos hídricos em cada trecho da região e o que precisa ser feito, do curto ao longo prazos, para que haja água para todos em quantidade e qualidade satisfatórias. O Plano de Bacia estipula, por exemplo, onde a comunidade da bacia hidrográfica pretende manter ou recuperar a qualidade para explorar turisticamente os balneários, onde vai ser garantido o uso pela agricultura e em que pontos será possível a instalação de que tipos de indústrias. O Plano pode prever também ações para prevenir ou minimizar estiagens e enchentes.

O Plano é previsto na Lei Estadual nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994 – conhecida como a Lei Gaúcha das Águas. Os trabalhos na região estão a cargo da empresa Profill Engenharia e Meio Ambiente Ltda, com recursos do governo do Estado e coordenação do Comitesinos.

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